Guia de metodologias ativas de aprendizagem

Guia de metodologias ativas de aprendizagem
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Oct 4, 2025 07:50 AM
Vamos direto ao ponto. As metodologias ativas de aprendizagem são uma virada de chave: em vez de você ser um espectador passivo, você se torna o protagonista do seu próprio desenvolvimento. Pense na diferença entre apenas assistir a um vídeo de receita e, de fato, ir para a cozinha e preparar o prato. Aprender de forma ativa é exatamente isso: colocar a mão na massa.

O que são metodologias ativas de aprendizagem

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As metodologias ativas representam uma mudança radical na maneira como construímos o conhecimento. Chega daquele modelo tradicional, em que o professor fala e o aluno apenas escuta. A lógica aqui é invertida. O foco passa a ser em fazer, debater, resolver problemas reais e colaborar.
O objetivo é simples, mas extremamente poderoso: criar um ambiente onde o aprendizado seja relevante e, principalmente, duradouro. Para isso, os participantes são constantemente incentivados a se envolver com o conteúdo, conectando a teoria com desafios práticos do dia a dia.

A mudança do "saber" para o "saber fazer"

A grande sacada das metodologias ativas é que elas priorizam o desenvolvimento de competências, não a simples memorização de informações. A pergunta que importa deixa de ser "o que você sabe?" e se torna "o que você consegue fazer com o que sabe?".
Isso faz toda a diferença no mundo corporativo. As empresas não estão mais atrás apenas de diplomas, mas de talentos que pensam de forma crítica, resolvem problemas e sabem inovar de verdade.
As metodologias ativas preparam os profissionais não apenas para o sucesso acadêmico, mas para a vida, estimulando valores, responsabilidade e pensamento ético.
Esse modelo valoriza as habilidades que o mercado de trabalho atual exige:
  • Pensamento crítico: A capacidade de analisar informações, questionar o que é apresentado e construir argumentos sólidos.
  • Resolução de problemas: Encarar desafios complexos de frente e criar soluções criativas que funcionem na prática.
  • Colaboração: Saber trabalhar em equipe, somando diferentes ideias e competências para chegar a um resultado melhor.
  • Autonomia: Assumir as rédeas do próprio desenvolvimento, buscando conhecimento por conta própria e com proatividade.

A ascensão da aprendizagem ativa no Brasil

Essa abordagem não é só uma modinha global; ela vem ganhando muita força aqui no Brasil. Nas últimas décadas, instituições de ensino superior começaram a adotar essas práticas para aumentar o engajamento dos alunos e desenvolver competências essenciais.
Um levantamento recente mostrou que estratégias como a Sala de Aula Invertida e a Aprendizagem Baseada em Projetos estão entre as mais usadas para colocar o aluno no centro do processo, incentivando autonomia e pensamento crítico. Para entender melhor, vale a pena explorar os achados sobre a eficácia dessas metodologias disponíveis na Educapes.
Ao adotar as metodologias ativas de aprendizagem, empresas e instituições preparam seus talentos para os desafios reais e imediatos do mercado, garantindo que o conhecimento adquirido seja aplicado na prática e gere resultados concretos.

Por que o modelo de aprendizado passivo falha

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Durante muito tempo, a fórmula do aprendizado parecia simples: um especialista falava, e os alunos (ou estagiários) ouviam, anotavam e tentavam memorizar tudo para uma prova. Esse modelo passivo dominou as salas de aula e os treinamentos corporativos por décadas. Não é que seja totalmente inútil, mas a verdade é que ele parou no tempo.
O grande problema? Hoje, a informação está em todo lugar, a um clique de distância. Conhecimentos técnicos ficam ultrapassados numa velocidade impressionante. Por isso, a habilidade mais importante já não é ter a resposta, mas sim saber como encontrar soluções para problemas que, muitas vezes, ainda nem surgiram.
O modelo passivo, focado em decorar conteúdo, simplesmente não prepara ninguém para isso. Ele trata o conhecimento como um produto final a ser entregue, e não como uma ferramenta para criar, inovar e resolver desafios reais.

A pirâmide do aprendizado na prática

Existe uma teoria bem conhecida, a Pirâmide de Aprendizagem, popularizada pelo psiquiatra William Glasser, que ilustra isso perfeitamente. Segundo ela, a gente retém só 10% do que lê e 20% do que ouve.
Por outro lado, quando colocamos a mão na massa, esse número salta para 75%. E quando ensinamos outra pessoa, a retenção chega a impressionantes 90%. O modelo tradicional foca justamente nas atividades que geram menos resultado.
No aprendizado passivo, o conhecimento é um destino. Nas metodologias ativas de aprendizagem, o conhecimento é o ponto de partida para a ação, a colaboração e a inovação.
Na prática, isso quer dizer que um estagiário que passa semanas apenas assistindo a palestras e lendo manuais pode, na verdade, estar absorvendo muito pouco. A informação até faz sentido na hora, mas sem aplicação, ela se perde pelo caminho.

Um exemplo real no ambiente de estágio

Para ficar mais claro, vamos imaginar dois estagiários recém-chegados a uma empresa.
  • Estagiário A (Aprendizado Passivo): No primeiro mês, ele assiste a uma série de palestras sobre os processos da empresa, lê todos os manuais e vê vídeos de treinamento. No fim, faz uma prova de múltipla escolha para validar o que "aprendeu".
  • Estagiário B (Aprendizado Ativo): Já no primeiro dia, ele recebe um desafio real, de baixo risco: "Analisamos os feedbacks de clientes e notamos uma queda de 15% na satisfação com o tempo de resposta. Sua missão é investigar as causas e propor uma pequena melhoria no processo". Para resolver isso, ele precisará conversar com a equipe, analisar dados e apresentar uma solução.
No final do mês, o Estagiário A talvez consiga descrever os processos da empresa na teoria. Mas o Estagiário B não só entendeu os processos, como também aprendeu a navegar pela empresa, colaborar com o time e resolver um problema concreto. Ele desenvolveu competências que o Estagiário A nem teve chance de praticar.
É simples: o modelo passivo cria espectadores, mas o mercado de trabalho busca protagonistas. As metodologias ativas de aprendizagem fecham essa lacuna, transformando o conhecimento de uma obrigação teórica em uma experiência prática e com aplicação imediata.

Principais abordagens de aprendizagem ativa na prática

Pensar em metodologias ativas de aprendizagem é como abrir uma caixa de ferramentas. Cada uma tem uma função diferente, uma solução para um desafio específico, transformando o que era só teoria em uma experiência prática de verdade. O segredo não é tentar usar todas ao mesmo tempo, mas saber qual ferramenta pegar para cada tipo de trabalho.
No dia a dia de uma empresa, especialmente em programas de estágio e trainee, escolher a metodologia certa faz toda a diferença. Ela acelera o desenvolvimento de talentos de um jeito que o aprendizado passivo, aquele de só ouvir, jamais conseguiria. Vamos dar uma olhada em três das abordagens mais usadas e como elas rodam no mundo real.
A preferência por essas estratégias não surgiu do nada. Um levantamento de pesquisas brasileiras, feito entre 2004 e 2019, mostrou que a Sala de Aula Invertida, a Aprendizagem Baseada em Problemas e a Gamificação estão no topo da lista das mais usadas. Isso indica uma busca clara por um aprendizado mais conectado à realidade dos jovens talentos, como você pode conferir neste estudo sobre o tema.

Sala de aula invertida (Flipped Classroom)

Lembra daquele treinamento clássico? O instrutor fala por horas sobre a teoria, e o tempo para botar a mão na massa fica espremido lá no final. A Sala de Aula Invertida simplesmente vira essa lógica de ponta-cabeça.
Nesse formato, o estagiário ou trainee estuda a parte teórica antes do encontro, seja por vídeos, leituras ou algum material online. Assim, o tempo junto com o time e o gestor é usado para o que realmente importa: discutir ideias, resolver problemas, tirar dúvidas e aplicar o conhecimento em algo concreto.
Pense num programa de estágio: em vez de um especialista gastar duas horas explicando planilhas, os estagiários já chegam com a base teórica e usam o tempo para construir um dashboard real com dados da empresa, recebendo feedback na hora. É muito mais produtivo.

Aprendizagem baseada em problemas (PBL)

A Aprendizagem Baseada em Problemas (ou PBL, da sigla em inglês Problem-Based Learning) parte de uma ideia bem simples: a melhor forma de aprender é resolvendo um problema de verdade. Em vez de apresentar a teoria e depois um exercício, o PBL joga o desafio na mesa primeiro.
O grupo precisa correr atrás, pesquisar, debater e colaborar para encontrar uma solução que funcione. O facilitador não dá a resposta pronta; ele atua mais como um guia, fazendo perguntas para provocar o raciocínio.
Na PBL, o problema não é o fim do aprendizado, é o começo. Ele serve como o motor que impulsiona a busca pelo conhecimento necessário para resolvê-lo.
Essa metodologia é perfeita para desenvolver habilidades como pensamento crítico e trabalho em equipe. Um exemplo prático seria dar a um grupo de trainees um desafio real da empresa, como: "Nossa taxa de retenção de clientes caiu 5% no último trimestre. Investiguem as causas e proponham um plano de ação".

Gamificação

A Gamificação pega emprestado elementos de jogos – como pontos, medalhas, rankings e desafios – para deixar o aprendizado mais divertido e motivador. Ela consegue transformar tarefas que seriam repetitivas em uma competição saudável.
Não é sobre criar um videogame complexo, mas sim aplicar a lógica dos jogos em outros contextos. Por exemplo, um programa de desenvolvimento de talentos pode criar um sistema de "missões", onde cada módulo de treinamento concluído ou nova habilidade desenvolvida gera pontos para o participante.
Esses pontos podem destravar recompensas, como uma mentoria com um diretor ou o reconhecimento em uma reunião geral. A gamificação cria um ciclo de feedback positivo que incentiva a galera a continuar progredindo e a superar os próprios limites.
O infográfico abaixo mostra bem o impacto das metodologias ativas em comparação com os métodos tradicionais.
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Os números não mentem: o aumento no engajamento, na retenção do conteúdo e na satisfação dos participantes reforça por que o aprendizado ativo é uma aposta certa para o desenvolvimento de pessoas.

Qual metodologia escolher para sua equipe?

Decidir qual abordagem usar depende dos seus objetivos, do perfil da equipe e dos recursos que você tem. Não existe uma fórmula mágica que sirva para todos; o sucesso está em aplicar a metodologia certa para o contexto certo.
Para te dar uma clareza maior, montamos uma tabela que resume as principais características de cada uma.

Comparativo das Principais Metodologias Ativas

Aqui está uma comparação direta entre Sala de Aula Invertida, Aprendizagem Baseada em Problemas e Gamificação, destacando o papel do participante, os recursos necessários e o cenário ideal de aplicação para cada uma.
Metodologia
Papel do Participante
Foco Principal
Melhor Aplicação
Sala de Aula Invertida
Preparar-se previamente para aplicar o conhecimento em grupo.
Otimização do tempo de encontro para atividades práticas e colaborativas.
Treinamentos técnicos que exigem prática supervisionada, como software ou processos.
Aprendizagem Baseada em Problemas
Investigar, colaborar e construir soluções para um desafio real.
Desenvolvimento do pensamento crítico, autonomia e resolução de problemas complexos.
Formação de líderes, desenvolvimento de soft skills e equipes de inovação.
Gamificação
Engajar-se em atividades através de recompensas, desafios e competição.
Aumento da motivação, engajamento e acompanhamento de progresso.
Programas de onboarding, treinamentos contínuos e desenvolvimento de hábitos.
Analisar essa tabela ajuda a visualizar qual das metodologias ativas de aprendizagem se encaixa melhor nas necessidades do seu time. E lembre-se: você pode misturar elementos de diferentes abordagens para criar uma experiência de desenvolvimento ainda mais completa e customizada para seus estagiários e trainees.

Benefícios para programas de estágio e trainee

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A gente sabe que a transição da faculdade para o mundo corporativo é um baita desafio. Muitos programas de estágio e trainee ainda insistem em treinamentos expositivos, que só entregam a teoria. O resultado? Uma lacuna gigante entre o que o jovem talento sabe e o que ele realmente consegue fazer no dia a dia.
É exatamente aí que as metodologias ativas de aprendizagem entram em campo como uma estratégia poderosa.
Em vez de ficarem sentados apenas ouvindo, os estagiários e trainees são colocados no centro da ação. Eles são desafiados a resolver problemas reais, colaborar em projetos e construir soluções desde o primeiro dia. Isso transforma o desenvolvimento em uma jornada prática, dinâmica e muito mais engajadora.
Com isso, a integração na empresa se torna mais rápida e eficiente. Eles não apenas aprendem sobre a cultura e os processos, mas vivenciam tudo na prática. Isso fortalece o sentimento de pertencer ao time e acelera sua contribuição real para os resultados.

Aceleração do desenvolvimento de soft skills

Hoje em dia, o conhecimento técnico é importante, claro. Mas são as soft skills que realmente fazem um profissional se destacar. Coisas como comunicação, liderança, trabalho em equipe e pensamento crítico não se aprendem em palestras, mas sim na prática.
E as metodologias ativas criam o cenário perfeito para isso. Por natureza, elas são colaborativas e cheias de desafios, forçando os participantes a desenvolverem essas competências de um jeito muito mais orgânico.
  • Comunicação e colaboração: Em um projeto, o time precisa debater ideias, negociar caminhos e apresentar suas conclusões de forma clara. É a vida real.
  • Pensamento crítico: Ao analisar um caso real da empresa, o estagiário é levado a pensar fora da caixa, conectando a teoria a um cenário complexo e cheio de nuances.
  • Liderança e autonomia: Quando recebem um desafio e a liberdade para encontrar uma solução, os trainees naturalmente desenvolvem proatividade e aprendem a assumir a responsabilidade.
Essa abordagem garante que o desenvolvimento não seja só um diploma no fim do programa, mas algo que eles vão usar nos desafios diários da empresa.

Da teoria à prática: um exemplo real

Vamos imaginar uma trainee de marketing. Em vez de passar semanas assistindo a apresentações sobre as estratégias da empresa, ela recebe um desafio real logo na primeira semana, usando a Aprendizagem Baseada em Projetos.
O desafio é claro: "Nossa campanha de e-mail marketing do último trimestre teve uma taxa de abertura 10% abaixo da meta. Sua missão, junto com seu time, é analisar os dados, identificar os gargalos e propor um plano de ação para a próxima campanha."
Para resolver isso, a trainee vai ter que mergulhar nos dados, conversar com especialistas da área, entender o público e apresentar uma solução que funcione. Ao final, ela não só terá aprendido sobre e-mail marketing na prática, mas terá entregue valor real para a empresa. Isso dá visibilidade e, o mais importante, confiança nas próprias capacidades.
Este cenário mostra como as metodologias ativas transformam jovens talentos de espectadores em protagonistas. Eles passam a se sentir donos dos projetos e percebem que suas ideias podem, de fato, gerar impacto. Esse sentimento de "dono" é a chave para aumentar o engajamento e a retenção. Para empresas que buscam os melhores, é fundamental conhecer as tendências do setor, como mostra o mapeamento das principais HRtechs de recrutamento.
No fim das contas, investir em metodologias ativas de aprendizagem é uma decisão estratégica inteligente. É o jeito mais eficaz de formar e reter os melhores talentos, garantindo que eles estejam prontos não apenas para executar tarefas, mas para inovar, colaborar e liderar desde o começo da carreira.

Como implementar a aprendizagem ativa na sua equipe

Tirar a teoria do papel é sempre o maior desafio. Falar sobre os benefícios das metodologias ativas de aprendizagem é ótimo, mas como fazer acontecer de verdade na rotina de uma equipe, especialmente com estagiários e trainees?
A boa notícia? Você não precisa de uma revolução da noite para o dia. A mudança é um processo gradual, que começa com passos pequenos e bem pensados. O segredo é criar um ambiente seguro para testar, aprender com os erros e ir ajustando o caminho.
Para que tudo isso funcione, a mudança de mentalidade na liderança é fundamental. Gestores precisam deixar de ser os "donos do conhecimento" para se tornarem facilitadores. A missão é outra: incentivar a autonomia, a colaboração e até a tomada de riscos controlados. É sobre construir uma cultura onde perguntar vale mais do que ter todas as respostas na ponta da língua.

Comece fazendo um diagnóstico da cultura

Antes de sair escolhendo ferramentas e métodos, você precisa entender o terreno que está pisando. Sua equipe já tem uma cultura de colaboração e feedback? Ou o modelo de trabalho ainda é muito hierárquico, no estilo "manda quem pode, obedece quem tem juízo"?
Seja brutalmente honesto nessa análise. Tentar forçar uma metodologia super colaborativa, como a Aprendizagem Baseada em Projetos, em um lugar onde as pessoas morrem de medo de dar opinião, é a receita certa para o desastre.
Um dos maiores erros que vemos por aí é ignorar a cultura que já existe. As metodologias ativas de aprendizagem precisam de um ambiente de segurança psicológica para florescer, onde errar é visto como uma chance de crescer, e não como uma falha.
Comece observando as pequenas coisas: como as decisões são tomadas no dia a dia? Como o time reage quando surge um pepino para resolver? Isso vai te dar pistas valiosas sobre qual abordagem será mais bem recebida e o que precisa ser trabalhado na cultura primeiro.

Escolha a metodologia certa para o seu desafio

Com o diagnóstico em mãos, fica mais fácil escolher a metodologia que se encaixa como uma luva nos seus objetivos e no perfil do time. Não existe "a melhor metodologia", existe a melhor para o seu problema.
Para ajudar, se faça estas perguntas:
  • Qual habilidade a gente precisa desenvolver? Se o foco é pensamento crítico e resolver problemas complexos, a Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) pode ser o caminho. Agora, se a ideia é acelerar a aplicação de um conhecimento técnico, a Sala de Aula Invertida é uma tacada certeira.
  • Qual o nível de autonomia da galera? Para times mais novos, como estagiários recém-chegados, começar com Gamificação pode ser um jeito leve e divertido de introduzir a autonomia. Já equipes mais maduras podem mergulhar de cabeça em projetos mais complexos.
O ponto principal é que a metodologia precisa resolver uma dor real da sua equipe, seja aumentar o engajamento nos treinamentos ou acelerar o desenvolvimento de competências que estão fazendo falta.

Planeje um projeto piloto

A melhor forma de testar se a água está boa é molhando o pezinho primeiro. Escolha um grupo específico — talvez a nova turma de estagiários ou um squad que topa a ideia — para rodar um piloto.
Isso permite que você teste o método em um ambiente controlado, colete feedbacks sinceros e faça ajustes antes de pensar em expandir para a empresa toda. Um piloto bem-sucedido quebra a resistência à mudança e prova o valor da ideia com resultados que todo mundo pode ver.
Por exemplo, aplique a Sala de Aula Invertida em um único módulo de treinamento. Depois, compare o engajamento e a retenção do conteúdo com o método tradicional. Os resultados podem te surpreender! Estudos no contexto universitário brasileiro já mostram que abordagens ativas, mesmo as mais simples, geram um desempenho melhor e mais frequência dos participantes. Se quiser dados, vale a pena conferir este estudo sobre o tema.

Capacite os facilitadores e meça os resultados

O papel do líder muda da água para o vinho aqui. Ele deixa de ser a fonte de todas as respostas para se tornar um guia que faz as perguntas certas, ajudando a equipe a encontrar as próprias soluções.
Por isso, é crucial capacitar esses facilitadores. Eles precisam aprender a orientar sem dar a resposta de bandeja, a provocar o debate e a criar um espaço seguro para que as pessoas possam experimentar sem medo.
E por último, mas não menos importante: defina como você vai medir o sucesso. O que você quer alcançar?
  1. Métricas de Engajamento: A participação nos treinamentos aumentou? A galera está interagindo mais nas discussões?
  1. Métricas de Desempenho: O time está aplicando melhor aquela nova habilidade? O tempo para resolver problemas diminuiu?
  1. Métricas Qualitativas: O que a equipe está dizendo? Os feedbacks sobre a experiência de aprendizado são positivos? Eles se sentem mais autônomos?
Acompanhar esses indicadores vai te mostrar se você está no caminho certo e te dará argumentos sólidos para expandir a iniciativa para outras áreas da empresa.

Perguntas frequentes sobre metodologias ativas

Mudar a forma de ensinar sempre levanta algumas sobrancelhas, e com as metodologias ativas de aprendizagem não seria diferente. Sair do modelo tradicional, onde todo mundo só escuta, para um formato onde o participante é o protagonista, pode parecer um bicho de sete cabeças. Mas, na prática, é mais simples do que parece.
Vamos direto ao ponto e responder às dúvidas mais comuns que aparecem nessa transição. A ideia é quebrar alguns mitos sobre custos, resistência da equipe e eficácia, mostrando que essa mudança é totalmente viável e vale muito a pena.

É muito caro implementar metodologias ativas?

Essa costuma ser a primeira preocupação de todo gestor: o bolso. Mas a verdade é que implementar metodologias ativas não precisa pesar no orçamento. Muitas das técnicas mais poderosas dependem mais de criatividade e mudança de atitude do que de tecnologia de ponta.
Pense na Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Você pode usar desafios reais da própria empresa, com os recursos que já tem à mão. Da mesma forma, debates em grupo, estudos de caso e seminários têm custo quase zero.
Claro, ferramentas de gamificação ou realidade virtual podem turbinar a experiência, mas são a cereja do bolo, não o bolo inteiro. Dá para começar de forma simples e, aos poucos, conforme o programa mostra seu valor, ir adicionando mais tecnologia.

Como lidar com a resistência de equipes acostumadas ao modelo tradicional?

Ninguém gosta de sair da zona de conforto, é natural. Profissionais que passaram a vida inteira recebendo conteúdo de forma passiva podem estranhar um modelo que exige mais autonomia e mão na massa. Para quebrar essa barreira, o segredo é comunicação e uma implementação gradual.
Comece explicando o porquê da mudança. Mostre como essa nova abordagem vai acelerar o desenvolvimento de habilidades que eles realmente vão usar no dia a dia, tornando tudo mais relevante para a carreira deles.
Algumas táticas que funcionam bem:
  • Comece com um projeto piloto: Pegue um grupo menor e mais engajado para testar. O sucesso deles vai servir de inspiração e prova social para o resto da empresa.
  • Ofereça suporte de verdade: Ninguém vira protagonista da noite para o dia. Treine os gestores para serem facilitadores e esteja sempre por perto para tirar dúvidas e guiar a equipe.
  • Celebre as pequenas vitórias: Reconheça publicamente quem está se destacando nesse novo jeito de aprender. Isso gera um ciclo positivo e incentiva todo mundo a participar.
A transição fica muito mais tranquila quando a equipe entende que a mudança não é só por mudar, mas para que todos cresçam juntos.

A aprendizagem ativa funciona para qualquer tipo de conteúdo?

Sim, e essa é uma das suas maiores vantagens. A aprendizagem ativa é super versátil e se adapta a praticamente qualquer assunto, dos mais técnicos aos mais comportamentais. O truque é escolher a metodologia certa para o objetivo certo.
Para aquele conteúdo mais denso, cheio de teoria, a Sala de Aula Invertida é perfeita. O participante estuda a parte teórica em casa e usa o tempo com o grupo para colocar em prática e tirar dúvidas.
Agora, para desenvolver soft skills como liderança e pensamento crítico, nada supera a Aprendizagem Baseada em Projetos ou Estudos de Caso. Eles colocam o time de frente para desafios reais, que exigem colaboração e tomada de decisão na hora.

Como avaliar o aprendizado em um modelo ativo?

Esqueça a prova de múltipla escolha. Se o foco é no "saber fazer", a avaliação também precisa ser prática. A ideia não é medir o quanto a pessoa decorou, mas sim como ela aplica o que aprendeu e desenvolve suas competências.
As ferramentas de avaliação mudam:
  • Portfólios: Uma coleção dos trabalhos e projetos que o participante desenvolveu, mostrando toda a sua jornada de evolução.
  • Apresentações e seminários: Aqui você avalia a capacidade de comunicar ideias, organizar o raciocínio e defender um ponto de vista.
  • Avaliação por pares e autoavaliação: Estimula a reflexão sobre o próprio desempenho e a habilidade de dar e receber feedbacks que constroem.
  • Observação do facilitador: O gestor acompanha de perto o engajamento, a colaboração e o progresso do participante durante as atividades.
Essa forma de avaliar é muito mais completa, dando uma visão 360 graus do desenvolvimento do profissional. O processo importa tanto quanto o resultado final.
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Escrito por

Diego Cidade
Diego Cidade

CEO da Academia do Universitário

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